quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Tudo é valido se nos torna feliz

Uma vez me disseram
que amor é pra todos
e paixão pra poucos
que a vida passa
e o mundo sobrevive
que se vive pra muitos
e morre como apenas mais um
que experiência
e algo que vem com o tempo
que por onde passamos
deixamos uma marca
que logo some com o vento
mas me diga você
vale mesmo a pena viver?
curtir cada momento
viver cada paixão
abraçar cada causa
comer tudo aquilo que tem vontade
fazer sem pensar
pensar em fazer o que nunca de fez
e de repente perceber
que viver a vida feliz
sendo o que você achar que deve ser
é o mais belo e doce prazer
e creio eu que é por isso
vale mesmo apena
apesar dos pesares
viver essa vida

sábado, 25 de outubro de 2008

Você me deu vontade

As vezes me vem uma vontade
Meio que assim do nada
Só quero fazer
E nem sei ao menos porque
Que quando acontece eu nem sei
Tem algo estranho no jeito que me olha
Tem algo bom em te espionar aqui sentado
Daqui parece tudo tão fácil
É só eu querer
Que tudo que penso pode acontecer
Mas tem algo errado em mim
Você esta ai, parada e eu aqui
Sem saber pra onde ir
Era só eu sair desse eu de sempre
Inventar algo novo, sei lá
Mas é tão melhor ficar aqui admirando sua beleza
Não sei se estou apaixonado
Mas hoje eu acordei assim
E acho que toda essa vontade não vai passar assim do nada
Vou precisar de algo mais que apenas belas palavras
Ou uma roupa bonita
Vou precisar ser eu

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Ó ceús, Ó vida

Doce mel de uma vida infiel
sem deletérios
de meias conversas
com meias furadas
sem dinheiro até pra comprar papel
pra escrever um poema pra quem se ama
tendo como luz estrelas no céu
de uma maneira
hora meio vazia
hora meio cheia
como um copo de cachaça
que se vai de uma golada
mas se fica feliz pelo resto do dia
e faz esquecer da orgia que é viver
este nosso rapido dia-a-dia

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Mais um ninguem

João nasceu em emergência
Já nasceu apanhando pra acostumar
A vida que vinha por levar
Chego a vida sem ter o que falar
Fez-se 7 anos e mal sabia escrever
Mas sabia o que já tinha que fazer
Pois assim mais tempo se tem pra trabalhar
Com isso teve que receber
Não um salário
Mas um adultério
E não aquele caminhão
Por incrivel que pareça chego aos 15
Com a cara suja
A mão com chero de cola
Sem ir a escola
E com os parentes a 7 palmos de seu papelão
Onde durmia toda noite após o sermão
O padre ensinou a que caminho seguir
Começou a ir a escola
Aprendeu a rimar
Sem mesmo saber escrever direito fez um poema
Virou fã de um poeta
Ganhou até concurso com que escreveu
Teve seus fãs
Como a se axar o tal
Um dia olhou pras linhas que tinha acima
E viu que nada era do que parte de nosso contexto social
Do menino pobre que consegue ser alguem
Mas que com o tempo se torna-se apenas mais um joão ninguem